sábado, 1 de setembro de 2007

as minhas palavras últimas

Infeliz

Alma viúva das paixões da vida,
Tu que, na estrada da existência em fora,
Cantaste e riste, e na existência agora
Triste soluças a ilusão peerdida;

Oh! Tu, que na grinalda emurchecida
De teu passado de felicidade
Foste juntar os goivos da Saudade
Às flores da Esperança enlanguescida;

Se nada te aniquila o desalento
Que te invade, e o pesar negro e profundo,
Esconde à Natureza o sofrimento,

E fica no teu ermo entristecida,
Alma arrancada do prazer do mundo,
Alma viúva das paixões da vida.
Augusto dos Anjos

da alma miserável e dos profundos mistérios, saíram as certezas mais tristes da história da literatura. depois disso então, serviram-se, pelos momentos mais díspares, as certezas que nunca se podem ter sem as viver. e se convencem as almas distraídas que tudo o que de mau pode acontecer, acontecerá.

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