quarta-feira, 29 de abril de 2009

A vida a cores

Coldplay - Life in Technicolor II



Life In Technicolor II

There's a wild wind blowing
Down the corner of my street
Every night there the headlights are glowing

There's a cold war coming
On the radio I heard
Baby it's a violent world

Oh love don't let me go
Won't you take me where the streetlights glow
I could hear it coming
I could hear the sirens sound
Now my feet won't touch the ground

Time came a-creepin'
Oh and time's a loaded gun
Every road is a ray of light
It goes o-o-on
Time only can lead you on
Still it's such a beautiful night

Oh love don't let me go
Won't you take me where the streetlights glow
I could hear it coming
Like a serenade of sound
Now my feet won't touch the ground

Gravity release me
And dont ever hold me down
Now my feet won't touch the ground.

Novo Candidato

Caros Colegas,

Descobri um novo candidato a Camurcina. Creio que este novo talento exemplifica, simultaneamente, o nosso passado e o nosso futuro.



Deixo à vossa consideração a aceitação deste novo membro!

terça-feira, 28 de abril de 2009

T-shirt


Agora nova T-shirt à venda para os amantes do playmobil, pedido especial do poeta morto.

T-shirt


Os apreciadores da LEGO já podem comprar a sua t-shirt aqui ou na feira de carcavelos.

se eu pudesse cantava-te assim

[1665]

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

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Há dias o S.G., no comentário a um post, referiu o célebre sketch de um "Hermanias especial fim de ano", que ficou conhecido pela frase "eu é mais bolos". Hoje, ao descobrir na página inicial do google que é dia de aniversário de nascimento de Samuel Morse, relembrei o sketch devido a uma referência ao código morse, para mim mais interessante que o "eu é mais bolos":

Entrevistadora - E morse?
Entrevistado - É um animal!

Aqui vai

domingo, 26 de abril de 2009

fontes de inspiração

[1663]

a crónica no sítio do costume, em fontes de inspiração. um abril amargo, o meu 25 abril.
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sábado, 25 de abril de 2009

for adults - "montar" legos















sexta-feira, 24 de abril de 2009

parabenizar o amor

[1661]
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talvez um dia, o pouco que sobrar de vida se concentre e seja possível tê-lo nas mãos. talvez um dia o sabor a amor se dilua num copo de àgua fresca e seja possível tê-lo no peito. talvez um dia seja mais fácil escrever tudo o que não sei dizer hoje. mas é hoje que aceito o presente, é hoje que me faço presente.
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Porque eu amo-te, quer dizer, estou atento
às coisas regulares e irregulares do mundo.
Ou também: eu envio o amor
sob a forma de muitos olhos e ouvidos
a explorar, a conhecer o mundo.
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Porque eu amo-te, isto é, eu dou cabo
da escuridão do mundo.
Porque tudo se escreve com a tua letra.

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Francisco Assis Pacheco
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quarta-feira, 22 de abril de 2009

Coisas que se fazem...

Com Legos:



e com Playmobil:



Liberta o puto que há em ti*

* Disclaimer - Esta frase não se aplica a pessoas grávidas antes do tempo.

Para recordar ou ver pela primeira vez

Um grande sketch do "Herman Enciclopédia".
Cipião Santos é entrevistado no The Vitor de Sousa Show.
Grande momento de televisão.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Já que por aqui se vota em Lego ou Playmobil

Aqui vai um videoclip dos fabulosos Starlight, em que o artista tem um cabelo que é um misto de Lego com Playmobil. Para além de ser um magnífico videoclip.

Vídeo descoberto aqui. Portal Pimba, o meu portal de música favorito. Vale a pena ir passando por lá.

Curtas #13



Ficam tão preocupados com o facto de chamarem Pinócrates ao líder e depois escolhem o Gepeto como candidato à Europa???

Vou votar Lego.

Comecei a dar nos Legos era ainda muito jovem. Nos clássicos, aqueles que vinham em baldes e davam para fazer tudo o que a nossa imaginação podia alcançar. Já não gostava muito daqueles temáticos, tinham muitas mariquices e limitavam a imaginação. Com os clássicos dava para fazer tudo, incluindo formas fálicas que deixavam as educadoras de olhos esbugalhados. Na altura, pensava eu que o faziam por repulsa... hoje sei que não. Recordo o dia em que descobri na televisão que existia uma coisa na Dinamarca que provocava erecções a uma criança. Não, não eram as dinamarquesas (já vou levar na cabeça). Era a Legoland! Ainda hei-de lá ir um dia. À Legoland!

Entretanto descobri a Playmobil. Tinham qualquer coisa de Lego temático mas, na minha cabeça de puto, aquilo era muito mais. É que existiam uns playmobil "estúdio de televisão" e eu acreditava firmemente que era com aquelas cameras que eles filmavam os fabulosos filmes das suas publicidades. Eu pensei "isto deve ser fantástico. Se eu tiver o estúdio e, por exemplo, o castelo ou o barco pirata, poderei fazer grandes filmes". Ainda por cima, acreditava que as cameras tinham um sistema especial que não detectava as mãos que manipulavam os bonecos. Isso é que era! Então, pedi ao Pai Natal o estúdio e o castelo da Playmobil. Desgraçadamente enganei-me ao escrever e em vez de Playmobil escrevi Playboy. Hoje compreendo o que é que faziam todas aquelas senhoras semi-nuas na minha sala na noite de consoada. Afinal não eram um presépio vivo como eu pensava, apesar de, no dia seguinte, toda a gente se referir a elas como as vaquinhas. Foi um Natal muito animado, lá isso foi!

Na adolescência, rapei o buço e deixei Legos e Playmobil. Descobri as Barbies!

Hoje, na perspectiva de alguém que tem idade para ser pai, embora o não seja, acho que escolheria os Legos para oferecer aos meus filhos, pela versatilidade e capacidades de desenvolvimento da imaginação. Vou votar Lego, embora admire igualmente a Playmobil e, se tiver um filho, hei-de o levar à Dinamarca. Pequenos Póneis é que não, isso sim, extremamente panisgas.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Lego vs Playmobil


Depois do Nestum vs Cerelac em que o Nestum ganhou claramente, a pedido de muita gente (nomeadamente o industria, o pedro indy, o imprensa e o "geringonça de guttemberg") aqui está mais um enquete que nos remete para a nossa infância.

versus











Toca a organizar campanhas para mostrar e justificar qual dos dois históricos brinquedos mais nos divertiu.

p.s. Companhia dos Camurcinas, nesta votação vou estar de olho em ti e no teu histórico... ou melhor ainda... tu não entras nesta

p.s.2. Playmobil é de panisgas

Como é que é possível?

Ou o gajo da rádio se enganou ou estamos perante mais um caso insólito no futebol português.

O Bruno Alves levou ontem, apenas, o segundo amarelo...

Como é possível que um dos maiores "lenhadores" do futebol português tenha visto apenas 2 cartões amarelos até ao momento?

Utilidades

Já experimentaram o tradutor do google?

Não me parece mau, apesar dos habituais erros das traduções automáticas. Experimentem traduzir este blog no tradutor.

Gostei em particular de:

"Friens of bagasse"

e

"5 FEET OF THE BLOG"
a blog from the city of Braga. the city of the priests, whores and fags and bitches that birth.

Curtas #13

A mulher, cansada de esperar, gritava para dentro de casa:
- Vinícius... Ó Vinícius, demorais?

Curtas #12

Afinal o que é uma acácia? É uma árvore que se apanha?

Desenrascanço

No site www.cracked.com (site em língua inglesa) um "artista" elegeu algumas palavras não inglesas, que deveriam entrar no vocabulário inglês, por exprimirem situações difíceis de explicar numa só palavra nessa língua.

Pasme-se, mas a primeira palavra da lista é bem portuguesa e exprime a nossa capacidade de improvisação. veja-se aqui

Descobri isto no blog Reflexões de um Cão com Pulgas, blog que recomendo vivamente.

Assim até dá gosto acordar numa segunda-feira

Acordei às 6:41, bem antes do despertador tocar. O SOL deu-me os bons dias. Espero que seja para manter. Venha daí esse calor!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

uns mais que outros

toca tudo a trabalhar para eles puderem ter direito ao seu rendimento mínimo ou ao rendimento de inserção social ou lá o que é, e à sua casinha, porque coitadinhos, esta minoria étnica é discriminada.

discriminados são os portugueses que têm que trabalhar no duro para terem um salário digno, pagar a casa e demais despesas e ainda ajudar a contribuir para estes parasitas!

querem os mesmo direitos? que cumpram com os seus deveres perante a sociedade.

um ritual de casamento que permite a união de menores? 11 anos? mas a constituição e a lei é para todos ou só para a maioria racial?

desculpem, mas isto é um desabafo.
parece que é um assunto tabu para se opinar...

não se ponham com esse olhar tão romântico *

[1647]

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bem sei que o melhor era aparecer um post aqui a despentear o cabelo arrumadinho cá do sítio, algo do género,
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"meus caros,
foram momentos absolutamente geniais estes meses. pensava em posts enquanto escovava os dentes, enquanto desfazia a barba, enquanto viajava. agora esgotaram-se-me as ideias. não sei mais que escrever. faltam-me as palavras. foi um desgosto enorme mas acordei um dia assim. e não foi há muito tempo. de modo que aguardo um dia aparecer como anónimo, noutra pele, noutro blog para matar saudades. até sempre."
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não sei mas ocorreu-me citar a propósito disto brecht. não se ponham com esse ar para já. não é hoje que me ponho a monte. está a chover muito.
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* bertolt brecht, in tambores na noite
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Porquê???

Porque é que séries como esta:



ou esta:



deram lugar a merdas como isto:



ou isto:

terça-feira, 14 de abril de 2009

Obama's Dog

Será assim tão importante que o Obama tenha um cão tuga? Será que isso justifica a abertura de telejornais? É esse o nosso principal motivo de orgulho nos dias que correm, sermos representados por um cão na casa branca?

Somos um povo cada vez mais parolo! Somos, somos...

zöe [18]

[1644]

escrevi um poema mas guardei-o.
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não para mim que não preciso ouvir-me
repetir os meus desejos.
recolhi as palavras para a escuridão que
acalmarão com o tempo o coração desenfreado.
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escrevi um poema e guardei-o. para ti.
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segunda-feira, 13 de abril de 2009

fontes de inspiração

[1643]
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julgo que não andará longe de estar esgotada a minha tarefa na poesia. e nota-se por isto, fontes de (pouca) inspiração, no sítio do costume.
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domingo, 12 de abril de 2009

zöe [17]

[1642]
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Se eu não te amar mais me
Caia o mar nos ombros
Me caia
Este silêncio pelos ossos dentro
Me cegue os olhos esta sombra
Me cerre
Esta noite num escuro mais profundo
Do que a chuva de ti de mãos tão leves
A figueira do meu sangue se emudeça
De pássaros à espera dos teus passos
De outra voz por sobre a minha
Morta
E as ruas do teu corpo eu desaprenda
Como desaprendi os dedos que me tocam
E se eu não te amar mais me caia a casa
De costa no teu peito como o vento
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António Lobo Antunes
via [momentos consentidos]

sábado, 11 de abril de 2009

equações da sandice [8]

[1641]

se fosse um super-herói estava encontrada a minha criptonite, o amor claro.
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sexta-feira, 10 de abril de 2009

mesclar

[1640]
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os bloggers são poetas. de resto não têm mais nada em comum. há uns tempos o valter postou este vídeo maravilhoso. gosto da capacidade que a blogosfera ainda tem em me surpreender.
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a ana publicou este há dias. prefiro dar-vos novidades quando escrevo, mas estas duas músicas são maravilhosas. a escutar com atenção. (desculpem mas eu não percebo nada de música, por isso deixo-vos aqui a sugestão de quem percebe mais que eu).

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desafios em cadeia

[1639]
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apontar 6 (seis) factos aleatórios sobre mim, todos verdadeiros.
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as regras são :
(1) publicar o link de quem me desafiou
(2) publicar as regras
(3) indicar mais seis blogues e publicar os respectivos endereços
(4) avisá-los do que lhes acaba de suceder
(5) não os apressar a responder.
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os factos:
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- este é o quinto desafio que me colocam. não posso evitar mais e continuar a adiar (anita, o próximo é o teu - é mais complicado; há um que já lhe perdi o rasto, por isso vou responder aos próximos três numa semana)
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- estou demasiado moderado. em tudo. estou demasiado obcecado com esta regra.
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- gostava de ter algum sonho concreto. para não ter desejos inalcançáveis (e consequentemente frustrações), asfixiei por completo os pequenos e o resultado é não ter nenhum palpável. (vá lá: livros, uma revista e fazer feliz uma mulher são os meus desejos pequenos).
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- tenho tendência a ter discurso de esquerda revolucionária quando estou chateado com o estado do país, depois passa-me porque sempre sou moderado.
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- costumo dizer que me divertia mais com 500 escudos há dez anos atrás, do que com 50 euros hoje. sou sempre um pouco saudosista.
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- hoje sou um homem feliz.
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os alvos são:
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todos os meus colegas de blog. respondam quando e se quiserem.
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quinta-feira, 9 de abril de 2009

porto de abrigo [7]

Photobucket

amor perfeito

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???

O que é que a palavra "putas", no cabeçalho de um blog, tem a ver com o elevado número de visitas?

porto de abrigo [6]

Photobucket

amores perfeitos

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porto de abrigo [5]

Photobucket

quarta-feira, 8 de abril de 2009

a origem da espécie

[1634]

" No outro dia perguntaram-me porque escrevia aqui. Bem, a pergunta começou por ser outra. Para ser sincera, perguntaram-me porque tinha começado a escrever aqui. Não querendo voltar a esses tempos de fantasmas e dores e estupidez e não querendo - ou não conseguindo? - relembrar a figura do monstro, respondi, recentrando a questão em mim e esquecendo aqueles dias de borrasca: É tudo por vaidade. [...] " mónica marques, in [um blog da disápora blasée]
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não são poucas as vezes que me questiono sobre o que me faz escrever aqui. mas a pergunta mais recorrente, que fazemos a nós próprios - dado o tempo ser o apagador do giz (vulgo carbonato de sal) da ardósia da minha vida - é quando e porquê. porque começamos um blog? qual a razão?
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a minha razão foi a inveja. digamos que não é um sentimento mau, porque a minha inveja é saudável, dado resultar num estímulo pessoal, ao contrário do resultado recorrente de inércia e que leva a denegrir quem almejou alcançar resultados. assim, como já perceberam, foi por interposta figura notável que me apercebi da existência dos blogs, uma pessoa cuja coragem e intemperança me alertou para uma possível perda de tempo.
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este senhor, uma espécie de bruce chatwin português - errante e vagabundo - que caminha sozinho por sítios recônditos, mostrou-me o seu blog em que imortalizava as caminhadas. só lhe faltava o moleskine claro, coisa que eu tenho para não me faltar onde apontar registos de relevante importância para partilha.
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a origem é esta.
o caminho é este.
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onde terminará a saga é mais difícil, e embora admitindo o esgotar do tempo, as minhas palavras cessarão no dia em que nada de importante restar a escrever.
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terça-feira, 7 de abril de 2009

porto de abrigo [4]

Photobucket

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porto de abrigo [3]

Photobucket

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segunda-feira, 6 de abril de 2009

porto de abrigo [2]

[1630]

as cidades e as terras, a crónica no sítio do costume. mais imagens da cidade invicta.
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porto de abrigo

Photobucket

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Duas sílabas



(carregar em cima da imagem para ampliar)

equações da sandice [7]

[1627]

dá-me para ler certas coisas que me entram pelo olho dentro. descobri esta entrevista, e deixei-me estar na cadeira a ouvir (note-se a diferença) estes dois senhores numa conversa amena. é agradável perceber que não podemos deixar crescer um mito. estas pessoas que admiramos pela sua inteligência, são simples humanos como nós que buscam a razão de viver como todos nós. de preferência com um bom garfo, uma bom vinho, uma boa conversa.
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em larga medida admito que me delicio como eles desarmam a vida e a razão porque se deve ler. é verdade que a máxima expressada por mec nesta conversa é a que eu professo para mim. aceitar o que temos.
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" [...] Porque é que lês?
Para além de gostar, porque é a forma mais económica de conhecimento. É uma forma de roubo. Um gajo está dois anos a escrever um livro e tu lês aquilo numa noite, percebes? É roubar. É como roubar num supermercado.
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Mas há sempre aqueles que dizem que lêem porque querem ser pessoas informadas, e mais isto, e mais aquilo. Tretas. Tudo tretas.
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Essas pessoas não sabem o que verdadeiramente perdem. É como comprar um livro de viagens para depois ir conhecer o sítio. É ridículo. Os livros servem sobretudo a nossa curiosidade e também um sentimento de controlo que todos temos. Tu, ao leres um livro, és um pequeno deus. [...] Isso não acontece na vida real, essa possibilidade de escolha."
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ao ouvir isto sinto que não há necessidade sequer de explicação do gosto pela leitura. nem para a vida com todas as suas contingências,
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" [...] Há uma frase neste teu último livro que é muito interessante. Escreves tu: «A única atitude inteligente diante da vida é aceitá-la, o que significa aceitar que não é compreensível, previsível ou homogénea». Tu já chegaste mesmo a esta reconciliação contigo próprio?
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Eu acho que é inato. A minha mãe é muito conservadora e esta atitude de aceitação é-nos inculcada. Aceitar é assim: eu não compreendo isto, paciência. Eu não sei consertar o candeeiro, paciência. Tento fazer um prato qualquer, não consigo, vai tudo para o lixo, paciência. Aquela atitude de «não vou desistir, lutarei até ao fim», isso é uma estupidez. Nós somos muito limitados no nosso tempo. Sabemos muito pouco. E isso dá uma grande alegria. [...]"
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salvé mestre mec. em cheio. no relativizar é que está o ganho.
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" [...] Temos de aceitar que somos limitados. Não somos suficientemente inteligentes para saber tudo, perceber tudo. É preciso saber viver com isso. Eu também gostava de ter sido guitarrista mas não tinha talento nenhum. E hoje penso: que falta faz um guitarrista neste país? E neste mundo? [...] "
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ainda bem que há quem pense como eu.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

equações da sandice [6]

[1626]

é absolutamente incrível como às vezes esvazio o meu cérebro, ou pelo menos a parte operacional dele, aquela que nos faz encomendar as terefas diárias, organizar o tempo e descobrir as maravilhas perceptivas do mundo. é impressionante como saltamos de um lado para o outro, sem no entanto nos apercebermos, e nos vemos desarmados de ideias, recursos ou mesmo uma opção válida.
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lembro-me agora de um exemplo estranho. quantas vezes abri a porta do frigorífico e me vi como num deserto, sem ter a mínima ideia do que lá ia fazer? e pior consequência é quando subimos umas quantas escadas para executar uma tarefa e, só no topo do esforço, nos esquecemos por completo do que íamos fazer. é como um clique de um interruptor de luz. estamos a olhar para o que queremos fazer e a acção não se completa sem a reacção.
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depois pensas no que está a bloquear a acção. olhas para o teu próprio cérebro e só há uma luzinha estranha ao fundo, ilumina ténue e estranhamente o espaço. uns quantos papéis a esvoaçar, uns post-its ao dobrar das esquinas e um pouco de pó já varrido e pronto a ser despachado. e depois nada. não há mais nada.
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não me parece mau, até porque é sinal de que nos ocupamos de outras matérias, e no meu caso são, neste momento, muito mais importantes que qualquer frigorífico.
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quarta-feira, 1 de abril de 2009

equações da sandice [5]

[1625]

queres ver que a galinha está doida? não quer sair do meio do caminho, e juro que me pareceu que vinha a gritar que o céu estava a cair e que era o fim do mundo. eu que nunca li o apocalipse não me fio nisso.
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(a sorte é que a velha saiu à rua enxutou-a e então pude passar à vontade)
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equaciono as consequências de ouvir música clássica, no caso particular a primavera de beethoven. era a sonata que preenchia a minha tarde.
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devo em algum momento ter-me deixado levar pela emoção. é isso ou o sol estava quente.
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Para quê crescer?

Como é que querem que um gajo cresça quando existem brinquedos destes...

weltliteratur *

[1623]

janeiro
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1 # o principezinho, st. exupéry, edições presença
2 # diáro de um mau ano, j. m. coetzee, dom quixote
3 # myra, maria velho da costa, caminho
4 # anáfora, ana salomé, publicações pena perfeita
5 # aonde o vento me levar, manuel jorge marmelo, campo das letras
6 # poemas leya, oferta da edição nº 1000 do jornal de letras
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fevereiro
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7 # o animal moribundo, philip roth, dom quixote
8 # a mancha humana, philip roth, dom quixote
9 # travessia de verão, truman capote, dom quixote
10 # carta ao pai, franz kafka, edição diário de notícias/quasi
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março
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11 # amar não acaba, frederico louenço, livros cotovia
12 # memórias póstumas de brás cubas, machado de assis, lello editores
13 # dom casmurro, machado de assis, biblioteca visão
14 # 17ª edição (conto), angela dahl
15 # entre chipiona e tarifa, jorge fallorca, teorema
16 # marcas de urze, catarina costa, cosmorama
17 # odes, ana salomé, publicações canto escuro
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* título da exposição que esteve patente na fundação calouste gulbenkian (significa "exposição para se ler") e teve como figura principal fernando pessoa.