o título do último livro de mia couto não é JERUSALÉM. é JESUSALÉM. é mais um trocadilho, tá?
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abraço
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um blog da cidade de braga. a cidade dos padres, putas e paneleiros e a puta que os pariu.
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Etiquetas: Livros, merdas que chateiam, mia couto
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[1743]
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[1623]
janeiro
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1 # o principezinho, st. exupéry, edições presença
2 # diáro de um mau ano, j. m. coetzee, dom quixote
3 # myra, maria velho da costa, caminho
4 # anáfora, ana salomé, publicações pena perfeita
5 # aonde o vento me levar, manuel jorge marmelo, campo das letras
6 # poemas leya, oferta da edição nº 1000 do jornal de letras
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fevereiro
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7 # o animal moribundo, philip roth, dom quixote
8 # a mancha humana, philip roth, dom quixote
9 # travessia de verão, truman capote, dom quixote
10 # carta ao pai, franz kafka, edição diário de notícias/quasi
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março
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11 # amar não acaba, frederico louenço, livros cotovia
12 # memórias póstumas de brás cubas, machado de assis, lello editores
13 # dom casmurro, machado de assis, biblioteca visão
14 # 17ª edição (conto), angela dahl
15 # entre chipiona e tarifa, jorge fallorca, teorema
16 # marcas de urze, catarina costa, cosmorama
17 # odes, ana salomé, publicações canto escuro
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* título da exposição que esteve patente na fundação calouste gulbenkian (significa "exposição para se ler") e teve como figura principal fernando pessoa.
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Etiquetas: listagem dos livros lidos, literatura do mundo, Livros
[1534]
janeiro
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1 # o principezinho, st. exupéry, edições presença
2 # diáro de um mau ano, j. m. coetzee, dom quixote
3 # myra, maria velho da costa, caminho
4 # anáfora, ana salomé, publicações pena perfeita
5 # aonde o vento me levar, manuel jorge marmelo, campo das letras
6 # poemas leya, oferta da edição nº 1000 do jornal de letras
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fevereiro
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7 # o animal moribundo, philip roth, dom quixote
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* título da exposição que esteve patente na fundação calouste gulbenkian (significa "exposição para se ler") e teve como figura principal fernando pessoa.
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[1437]
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[1213]
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Etiquetas: Livros
[1205]
quem ler esta obra não passará a conhecer bragança, nem mais pormenores do interior de portugal, dos que não sejam já sobejamente conhecidos, mas poderá contudo provar um sabor mais requintado e eloquente desta gente, “porque isto aqui não é nada […] não vai ser terra de negócio para ninguém. vai ser um campo vazio a arder no verão e a congelar no inverno, e quem cá viver será só vítima de um dia atrás do outro e nada mais.” (pp. 180)
o enredo centra-se mais na vida difícil dos que sem empregos estáveis, e dos que com trabalho muito precário e muito mal pago, levam uma vida de desenrasque constante. a maria da graça, personagem principal , leva uma vida de mulher-a-dias, na casa de um rico senhor ferreira, que paga um ordenado miserável. certo é que o homem passa o dia em casa e em variadas ocasiões o sexo entre os dois é tema mais que estranho, dada a inconstância da reacção de maria da graça, ora consente o acto, ora se recrimina pela traição ao marido augusto que vive em alto mar.
a quitéria, segunda mulher-a-dias, é também peculiar pela idade avançada e por ser descrita como mulher desembaraçada no que toca a amantes. o andriy, seu novo namorado, é o personagem romeno que completa o cenário, entrelaçando a difícil vida dos romenos com a sua imigração em busca de um país que os fará ricos, com a realidade transmontana. as dificuldades levam à conclusão que “o melhor era beber a cada noite o suficiente para deixar de pensar nisso. não pensas, não falas, não queres falar […] é importante perder a lucidez para não existir a necessidade de se ser compreendido, […] viu-se como um competente administrador das suas penas, pondo-lhes fim, uma a uma, com força de ferro.” (pp. 55)
há dois aspectos de salientar na construção do cenário, um deles ressalta à vista por descrever de forma muito kafkiana (na vertente metamorfose), a forma como o pai do senhor ferreira se arrasta pelo chão como uma tartaruga – depois de uma queda que o paralisou – realçando o pormenor estético duro da imagem transmitida. o segundo aspecto é a constante descrição dos sonhos de maria da graça tentando entrar no céu, que apesar de peculiar, dá-nos uma visão dantesca do que poderemos chamar purgatório.
o refinar da qualidade do sarcasmo e principalmente da ironia, mostra que neste livro houve um esforço em tentar pintar de uma forma mais leve os cenários da vida difícil que os personagens são obrigados a enfrentar, sobressaindo principalmente na descrição dos velórios em que as duas mulheres vão ganhar dinheiro fazendo de carpideiras. há certos momentos hilariantes em que ao imperar o medo o autor alivia o suspense pela conversa das duas amigas “chiu. ouviste. não. pareceu-me ouvir qualquer coisa. quem dera seja um homem e nos viole. cala-te és tão estúpida. e tu pior, que te apaixonas pelo estupor de um velho que te come com um dedo mindimo e cheira mal.” (pp.33)
parece diferir em muito da forma como foi construído “o remorso de baltasar serapião”(2006) e “o nosso reino” (2004), estes sim muito próximos nos cenários um pouco carregados do fabuloso e do imaginário. neste caso a vida acontece tal como ela é, onde sobressai a permanente luta entre o que se pode compreender ser o amor, e o que se vive na prática. há sempre presente a ideia de que os personagens são românticos e sonhadores, aspirando a uma vida amorosa perfeita, contrastando com os seus inconsequentes actos dominados pela vontade sexual. atente-se nas duas citações seguintes: “encheu o peito de tanta coisa que poderia ter respondido de mil maneiras, boas ou más, tão diferentes e todas tão importantes. parou os olhos no ar expectante do desconhecido e respondeu, não me interessa o amor, isso é coisa de gente desocupada que não tem o que fazer.” (pp.29) desdenha-se o amor, para logo a seguir comprar esta imagem, “pois, coitada, morrer de amor á espera. isso de esperar é que me dói. morrer de amor tem de ser no acto, isso, sim, é morrer de felicidade. agora morrer à espera é do pior.” (pp.34)
gosto também de realçar a forma muito pessoal de encarar a religião do autor, porque em muitos aspectos parece um católico, que não sendo ateu, nem propriamente um agnóstico, delimita a força de chegar a deus ao homem e à sua vontade própria de se comunicar com ele, “é o que devia ser uma religião, apenas isso, uma profunda e tão intuitiva paixão pela vida.” (pp. 59)
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o apocalipse dos trabalhadores [8/10]
valter hugo mãe, quidnovi - 2008
APRESENTAÇÃO NA FNAC BRAGA - QUARTA-FEIRA, 10 de SETEMBRO
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Etiquetas: casa de osso, Livros, valter hugo mãe
[1189]
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Etiquetas: herberto hélder, josé saramago, Livros
[1138]
“Nestas páginas que fui enchendo […] reconheço uma voz fria e invulnerável, como a dos pessimistas, que do mesmo modo que não vêem nenhuma razão para viver também não vêem nenhuma para se matarem ou morrerem, nenhuma para terem medo, nenhuma para esperarem, nenhuma para pensarem; e no entanto não fazem senão estas três coisas: ter medo, esperar, pensar, pensar constantemente. […] Pensava tanto que cheguei a fazer das muinhas poucas conversas, […] um mero prolongamento verbal do meu pensamento a sós; pensava tanto nessa altura que cheguei a fartar-me de mim mesmo.”
pp.49
“Este estado típico de adolescente e dos apaixonados recentes, tem as suas exigências, e uma delas, […] é o estabelecimento imediato de uma rotina o mais férrea possível, que não abra espaço ao desconcerto da improvisação nem permita catastróficos vazios que ponham em causa essa incorporação e dêem que pensar […] “
pp.49
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Etiquetas: Livros
[1061]
jerusalém, gonçalo m. tavares (****)
um história desenrolada na cidade santa, com uma mulher cujo fim da vida se aproxima, dado conhecer a sua doença terminal. vamos avançando na narrativa até perceber o caminho percorrido por esta mulher louca, a sua passagem pelo manicómio, o casamento com o médico, o filho, a saída, o fim, o fim e o fim, até o milagre acontecer, a a morte não chegar de forma nenhuma.
outra das maravilhas que comprei na assírio e alvim, foi este monumento poético,
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[922]
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Etiquetas: dia mundial do livro, Livros
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Etiquetas: Livros
[880]
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Etiquetas: Livros
[842]
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[794]
mário de carvalho, a sala magenta (****)
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Etiquetas: Livros, mário de carvalho
nesta obra, o livro das ilusões (***) onde mais uma vez há uma história tipicamente urbana e americana, torna-se um pouco fastidiosa a leitura, mormente o enredo seja muitas vezes mirabolante, as passagens e os pormenores onde o escritor se detém, não fazem o meu género.
a segunda oportunidade, depois de a noite do oráculo, foi um elixir mais para o seu final, quando o autor resume dentro livro, a estória do filme que tivemos oportunidade de assistir há pouco tempo em portugal. the inner life of martin frost está plasmado na parte final do livro. e assim foi com algum sabor a cereja que terminei a obra. deixo portanto aberta a possibilidade de uma terceira oportunidade.
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Etiquetas: Livros, paul auster
[632]
bom, a bem da verdade, o que toda a gente fica a pensar é, quem será o maneta. ora bem. o maneta era um dos generais comandados de Junot (o comandante), chamava-se louis henri loison. e a certa altura foi um dos mais bárbaros, devido às constantes baixas do exército francês.
graças a uma inesperada resistência do povo português, que, mais a norte, consegui ir expulsando o exército para lisboa ( onde foi cercado e se rendeu mais tarde) com uma guerrilha muito organizada pelas aldeias, e mesmo sem grandes armas, os focos eram dispersos o que confundiu a tropa francesa.
para finalizar, 3 estrelas para o livro de vasco pulido valente.
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Etiquetas: Livros, vasco pulido valente
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Etiquetas: Delírios Saudáveis, francisco josé viegas, Livros
[622]
antes de um jantar dos que nos deixam com vontade de comer o resto da noite toda, peguei num livro da estante e relaxei. ora, a verdade que nos assalta aos olhos, mesmo que por vezes nem nos apercebamos disso, é que temos livros muito bons para serem folheados. mesmo que um pouco moribundos na estante.
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o caso do livro da antologia poética de álvaro de campos, que eu peguei e li na diagonal, deixou-me a impressão de que existem palavras escondidas de cada vez que lemos alguma coisa. neste caso, saltaram-me à vista algumas frases que não poderia deixar de partilhar. pela sua simplicidade.
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"[...] porque a recompensa de não existir, é estar sempre presente.[...]"
"[...] ouço a alegria, amo-a, não participo não a posso ter [...]"
"[...] vou atirar uma bomba ao destino[...]"
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é claro que depois do belo jantar nada melhor que um bom café.
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e depois um banho de relaxamento total. e um pouco de angustia. duas ou três frases escritas. uma série de médicas que nos diz uma outra frase magnífica,
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" so, here's a truh about the truth, it hurts...that's why we lie."
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quando acaba a anatomia da vida no ecrã, mergulhamos um pouco nas imagens criadas pelos escritores. eles querem deixar-nos viajar pelo mundo dos abstractos perfeitos. e por vezes permitem-se a perfeições. e deixam-nos adormecer mais felizes. ou acordar com mais dores de cabeça, com tanta verdade metida olhos dentro.
p.s. tive muita pena de não estar presenta na apresentação do último livro de poemas de francisco josé viegas, na fnac. pena, pena, pena ...
Publicada por S. G. à(s) 13:00 1 amigos do bagaço
Etiquetas: álvaro de campos, Fnac, Livros, verdades