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(espero demasiados dias pelas certezas que preciso mas nunca chegam. espero demasiadas horas pelos minutos de conforto. espero demasiadas vezes pelo desditoso destino que me aguarda)
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dei por mim a rir, um pouco trocista, da morte. essa caricata figura que escolhemos como ceifeira. pensei que era a única forma verdadeira de assumir o medo dela. assim percebi a tempo, demasiado a tempo, que nada pode impedir que ele nos comece cedo a sondar. olhei para as formas da estranha silhueta que rondava em passos lentos a escutar o coração dos presentes. deveria estar atenta aos fracos desígnios da nossa estrutura física. fraquezas essas, que não podemos impedir que ela referencie nos seus apontamentos.
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(o livro do monstro deve ter um sem número de epigrafes poéticas a dizer que todos vamos...)
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a placa da entrada dizia tudo. "fomos como vós, sereis como nós". os mortos ainda que mudos e quedos, sabem o que dizem. a morte, essa ignóbil certeza do fim, anda todos os dias no éter dos nossos pensamentos, e dificilmente nos desenvencilhamos dessa falha na engrenagem do passar dos dias.
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sem delongas mandei-a passear. registou qualquer coisa que não quis saber. mas sei que era isso que me iria levar a ela.
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um dia.
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não próximo.
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