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richard zimler (que reside, actualmente, na zona da foz, no porto, para onde se mudou vindo dos e.u.a.), deu ontem uma entrevista no jornal de notícias, a tocar na ferida que há muito me parece verdade,
"[...] "Farto da atitude egoísta dos escritores, editores e agentes", o autor do recente "A sétima porta" diz ter perdido "a ingenuidade dos primeiros anos de carreira literária", quando acreditava que "a um escritor bastava escrever bons livros e, a partir daí, não enfrentaria mais problemas, pois teria um editor para toda a vida e não existiria rivalidade entre colegas do mesmo ofício". Por isso, garante, ironicamente, que "se um jovem escritor me pedir conselhos para ter sucesso digo-lhe logo que o melhor é escrever uma treta conspirativa sobre religiões e não terá dificuldades em alcançar a fama". [...] "
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eu se escrevesse não batia nos cegos. nem batia nessa tecla batida. nem batia no sistema. escrever é mostrar verdades aos leitores, não é especular mentiras e debravar terrenos fáceis e férteis de favores e especulações.
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