quinta-feira, 24 de abril de 2008

barcelona [2]

[929]

saímos do metro pelos corredores estreitos. entramos no túnel de acesso ao funicular que sobe a encosta até montjuic. ao aproximarmo-nos da rua o tempo ainda era enublado. nas avenidas projectadas de raíz da zona olímpica, vemos em volta muitas das ideias um pouco ultrapassadas pelo tempo que nos separa de 1992.
é certo que tudo isto permanece na memória de todos. pisar este chão é rever as imagens de freddie mercury e montserrat caballe, a inundar o estádio de harmonia.
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o estádio está como tudo em volta um pouco desgastado pelo tempo. mas entrar ali não é só ver o estádio vazio. é sentir ainda vibrar nas bancadas aquele dueto. e no alto do topo nascente, onde perdura prateada a tocha olímpica, o sol sorri um pouco para anunciar a chuva que se avizinha.
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[a flecha em fogo, lançada do meio do estádio no dia a cerimónia de abertura, entrou ou não?]
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depois de passarmos o passeio da fama, a chuva torrencial anuncia à força fevereiro. o sol tórrido de abril de 1999 (recordação longínqua das ramblas) não é o mesmo que hoje faz caretas. mas vendo bem até nem sabe mal. entregamos o corpo ao caminho e emprestamos a vontade ao conhecer.

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