sexta-feira, 30 de maio de 2008

o júlio não está

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é bem verdade que por vezes o nosso trabalho dá-nos motivos de alegria. um dia destes queria falar com o júlio e em vez do júlio sai a filha à porta.
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pausa. respiração profunda. aqui vai disto (que melhor aparição não haveria)
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bom, armo o discurso repentino e eloquente de modo a impressionar a moçoila. vai argumento de expropriação, amigável e sempre de boa fé, que se trata de servidão admnistrativa, relembro os peritos de defesa, as possibilidades de resposta e recusa, as nomeações dos tribunais servem posteriormente para as vistorias ad pertuam rei memoriam, e se necessário estaremos na disposição de uma negociação mais profunda.
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e o ónus fica registado na parcela de terreno?
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ela sorri. diz que é advogada. e eu também me ponho a sorrir e a pensar que mal de mim se me lembrasse de inventar alguma coisa algum dia na minha profissão.
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se precisar de advogada recorro aquela maravilha. relação estritamente profissional, claro.

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