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no calmo crepúsculo de veneza, havia uma tonalidade peculiar nas escadarias. o sol reflectido das águas expunha-se aos passos de quem ainda visitava a cidade. não estava muita gente pelas ruas. havia arrefecido muito rápido, e os transeuntes eram os turistas que, como nós, aproveitavam ao máximo a beleza dos canais.
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há uma calma que não tem explicação lógica. a excitação da novidade soçobra perante o desejo de pacificação da alma.
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(juro que um dia hei-de voltar a comer lombo de porco assado, com fiambre e carne picada à bolonhesa, só que desta vez numa dose condizente com os meus 60 quilos)
4 comentários:
E o que é uma dose condizente com os teus 60 quilos??? Uma dose maior ou menor?
Bom, pelos vistos Veneza caiu-te mesmo no goto... :)
ui, maior. muito maior :) eles comem como em lisboa, doses muito reduzidas para um homem deste porte...
e ainda lhe faltava a massa esparguete!
Suponho que essa súbita pacificação vem do tal desejo de se querer guardar tudo o que se vê...
há dias discutia esse meu problema nas viagens :) a vontade de registar tudo na memória, o que vemos, sentimos, cheiramos, por vezes faz-nos perder essa necessária união da alma com o espaço. ainda vou a tempo de aprender a deixar de ser tão consumista com os olhos :)
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