[1433]
O mais importante na vida
É ser-se criador — criar beleza.
Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.
Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.
Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.
António Botto
porosidade etérea
É ser-se criador — criar beleza.
Para isso,
É necessário pressenti-la
Aonde os nossos olhos não a virem.
Eu creio que sonhar o impossível
É como que ouvir uma voz de alguma coisa
Que pede existência e que nos chama de longe.
Sim, o mais importante na vida
É ser-se criador.
E para o impossível
Só devemos caminhar de olhos fechados
Como a fé e como o amor.
António Botto
porosidade etérea
eu quero mais poesia para o próximo ano. quero mais vontade de ler e quero que ela me mostre mais. quero que cumpra os requisitos mínimos de um ano que nem quero seja grande coisa. normal está bom. assim-assim também serve. mas se tiver de ser uma merda, assim seja. podia pelo menos era ocorrer-lhe trazer-me vontade.
.
o primeiro de 2009 será este livrinho que passo a citar (desta menina),
.
Ode metapoética
.
e quando perco todos os poemas é à tua boca que vou recolher
o segredo
da minha armadilha e o escândalo dos cadernos a recuar o
incêndio
pelas páginas e páginas de um amor dá-me vontade de brincar,
mais um pouco, com a plasticidade do meu corpo em recados
de esquecimento
para o teu. e quando perco um só poema, nesse caso, vou pela
porta de emergência
atirar-me a teus braços a rir muito da minha imbecilidade, com
os pés frios
escondo a origem do meu pudor e a espiral da perda torna-te
menos confiável,
todos os teus músculos se confundem com o movimento de um
verso em queda livre.
juro que quase te poderia voltar a mar se recuperássemos
o trajecto dos papagaios de papel da nossa levíssima tragédia.
quando digo que é a ti que me dirijo, um acidente acontece no
mesmo instante
sem ser preciso sair deste lugar de merda que te silencia à razão
de uma perda,
vejo agora, absolutamente disforme, nas linhas miseráveis por
que me coso
até tudo começar a ser esquecido na azulácea ferida
por te ter inventado aqui a suprir todas as outras faltas.
.
roubado daqui [insonia]
.
Ode metapoética
.
e quando perco todos os poemas é à tua boca que vou recolher
o segredo
da minha armadilha e o escândalo dos cadernos a recuar o
incêndio
pelas páginas e páginas de um amor dá-me vontade de brincar,
mais um pouco, com a plasticidade do meu corpo em recados
de esquecimento
para o teu. e quando perco um só poema, nesse caso, vou pela
porta de emergência
atirar-me a teus braços a rir muito da minha imbecilidade, com
os pés frios
escondo a origem do meu pudor e a espiral da perda torna-te
menos confiável,
todos os teus músculos se confundem com o movimento de um
verso em queda livre.
juro que quase te poderia voltar a mar se recuperássemos
o trajecto dos papagaios de papel da nossa levíssima tragédia.
quando digo que é a ti que me dirijo, um acidente acontece no
mesmo instante
sem ser preciso sair deste lugar de merda que te silencia à razão
de uma perda,
vejo agora, absolutamente disforme, nas linhas miseráveis por
que me coso
até tudo começar a ser esquecido na azulácea ferida
por te ter inventado aqui a suprir todas as outras faltas.
.
roubado daqui [insonia]
.
se gostarem leiam a análise no blog [volumen]
.
.
.
depois podia trazer a espaços, não que seja imprescindível, amostras de amor. não sei bem de que forma, mas pode trazer-me como bem entender. pode trazer daqueles bem explicados pelo blog [avatares de um desejo]
.
.
.
depois traga para toda a gente. gosto de ver o pessoal de bem com a vida.
.
eu passarei o ano a pensar que tenho razão na descrença. e a ouvir esta música vezes sem conta.
.
I met a girl who sang the blues
And I asked her for some happy news,
But she just smiled and turned away.
I went down to the sacred store
Where Id heard the music years before,
But the man there said the music wouldnt play.
.
And in the streets: the children screamed,
The lovers cried, and the poets dreamed.
But not a word was spoken;
The church bells all were broken.
And the three men I admire most:
The father, son, and the holy ghost,
They caught the last train for the coast
The day the music died.
.
I met a girl who sang the blues
And I asked her for some happy news,
But she just smiled and turned away.
I went down to the sacred store
Where Id heard the music years before,
But the man there said the music wouldnt play.
.
And in the streets: the children screamed,
The lovers cried, and the poets dreamed.
But not a word was spoken;
The church bells all were broken.
And the three men I admire most:
The father, son, and the holy ghost,
They caught the last train for the coast
The day the music died.
.
oiçam aqui a [música]
.
espero-vos daqui a uns dias. eu estarei igual de certeza (com a variante de estar mais próximo com um email novo para reclamarem à vontade - está ali ao lado).
um 2009 em grande para vocês
Sem comentários:
Enviar um comentário