Todos temos linguagens próprias, vocabulários comuns a diferentes tipos de situações. Cada grupo, cada situação, tem o seu próprio código.
Quando entro no "sítio do costume" (não me refiro ao Pingo Doce), o bartender, esse monstro (no bom sentido) da hotelaria e restauração, faz-me sempre a mesma pergunta.
Z. da A. - Imprensa, o que é que vai ser?
Eu - Uma verde.
Z. da A. - Fresca ou natural?
Eu - Natural!
É óbvio, pelo menos para um camurcina, que VERDE significa Carlsberg e a resposta NATURAL é dita com uma certa ironia, significando precisamente o contrário. A cerveja quer-se fresca não é?
Ora, no Alentejo fazem-me por vezes a mesma pergunta "Fresca ou Natural?", ao que eu, apesar de pensar que se trata da piadinha típica, respondo "FRESCA", não vá o gajo trazer-me mesmo uma natural.
Hoje fiquei parvo, um bocadinho mais parvo que o normal, enquanto tomava o café e dei graças a Deus por nunca ter alinhado na possível piada. Entra alguém:
Alguém - Boa tarde.
Gajo do Café - Boa tarde.
Alguém - Uma cerveja e uns amendoins, por favor.
Gajo do Café - A cerveja é fresca ou natural?
Alguém - Natural, claro.
Quem é que pede uma cerveja natural e ainda por cima acrescenta a palavra "claro", como quem diz, "olha, olha, havia de ser fresca não?"
Fiquei parvo, eu que acredito que pedir uma cerveja natural é o mesmo que pedir um hamburguer vegetariano. O homem há de ter as suas razões, se calhar anda mal da garganta e eu... aprendi que naquele café jamais entrarei em piadinhas de bar.
Responderei sempre "fresca" e se me perguntarem se quero o um bolo de hoje ou de ontem eu respondo "quero o de ontem, claro!". É que os de hoje, vi-os há pouco serem atingidos por um espirro do pasteleiro.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Piadas de bar
Publicada por Pedro Indy à(s) 18:40
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3 comentários:
Hahahahaha... mais vale prevenir, realmente!
olha se eles aí também te oferecerem um prato de cag****** como no zé...
Pois, é mesmo melhor não arriscar.
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