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zöe
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até hoje desconheço a origem da palavra. fiquei intrigado por a ver utilizada da forma recorrente num blog que já referi aqui algumas vezes [escrita casual] - devem acompanhá-lo porque a par do eclectismo temático do blog, é escrito com muito cuidado, e inclui avaliações muito boas sobre cinema e música - e eu aproveitei para usurpar o nome nesta fase, com a esperança de que ele nos explique um dia a sua origem.
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como dizia, a zöe referida por ele nos seus textos, pareceu tomar forma mítica, quase endeusada, como que se transformasse numa entidade da mitologia grega. saída de uma composição entre mulher física e mulher platónica, passou a ser um ideal de equilíbrio perfeito, a conta-peso-medida criada por decreto entre humanos e deuses.
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zöe
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a própria sonoridade do nome soletrado pausadamente cria uma espécie de espectro que deve assustar uma comum mortal. nada de mais errado. a existência de aproximações à perfeição, prova que há um pequeno passo entre o que se é, e o que nos podemos tornar. o peso metafísico da imagem imprimem-lhes a vantagem de se poderem elevar ao estado contemplativo se procurarem desmaquilhar a superfície puída, o estrado gasto e moído da vaidade, e procurarem uma análise à contra-luz do essencial dos sentimentos.
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nunca sabemos bem quando começa a segunda parte da nossa vida, é sempre um incógnita avaliar a passagem dessa fronteira, mas neste momento experimento uma espécie de segunda oportunidade - não bastando acreditar que já vivi um turbilhão de sensações irrepetíveis - e sinto estar perante um desafio maior, uma aventura e um destino que a minha curta visão futurista não alcança.
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zöe
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