quinta-feira, 5 de março de 2009

these days [2]

[1567]

" [...] Como tantas outras coisas na vida, e como dizia um antigo professor meu, tudo se encontra nos Gregos, que voltam a dar resposta a esta questão que eu aqui levanto. Quando Eros se enamorou de Psique, ia visitá-la todas as noites, e ela nunca lhe via a cara. As irmãs da menina, talvez invejosas da sua felicidade, começaram a espicaçá-la e a dizer-lhe que, se calhar, ela andava mas era a dormir com um grande monstro. Assustada, desconfiada, Psique espera que o namorado adormeça, no escuro, e acende uma vela para lhe ver a cara, apenas para se deslumbrar com a beleza de Eros e ficar largos minutos em reverente contemplação, de tal forma que acaba por cair um pingo de cera na pele de Eros. Este acorda, olha para Psique muito pesaroso e abandona-a, dizendo-lhe, tristemente, que "o amor não pode viver sem confiança". É claro que Psique vai à luta, acaba por comer o pão que o Diabo amassou, como se diz, para reconquistar o seu Eros, e lá o consegue novamente, mas aprendeu a sua lição - o amor não pode viver sem confiança.
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E, com esta breve história, deveria estar para sempre arrumada a questão do ciúme e já mais ninguém para toda a eternidade precisaria de se preocupar com isso. Mas tal não acontece, e portanto voltamos à estaca zero."
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