quarta-feira, 25 de julho de 2007

o gajo não se cala

(sentei-me à tua espera. enquanto não chegavas. enquanto vinhas. enquanto foste. sentia fome mas não quis comer. fui para a janela respirar um ar puro. às vezes dá vontade. esperei mais um bocado. olhava interessado para quem passava. não conheci ninguém. depois sentei-me mais à frente e olhei para o mar. disse-me que queria trazer alguma coisa para me alegrar. agradeci. o mar é simpático mas eu não. fechei a janela, mas fiquei na mesma posição. inerte. enquanto esperava. senti fome de novo e não comi porque não quis. jantei mais uma vez ovo cozido no pão. não tinha fome. depois fiquei a olhar as letras de um livro amarelecido. dormi até ser de novo hora de ir respirar ar puro. assim foi o verão desse ano.)

enquanto esperava. enquanto não chegavas.

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