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Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto, tão perto, tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
Em todas as ruas te perco
Mário Cesariny, Em todas as ruas te encontro
(título do post sugerido a mim próprio por mim)
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
encontros em cima da hora passada
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2 comentários:
Regresso muito, a este poema.
ainda bem que se vive a harmonia do desencontro da horas perdidas...
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