quinta-feira, 21 de agosto de 2008

numa sixty-six qualquer da europa [2]

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não é fácil recordar tudo o que se vive nos dias em que a correria impera. com horas marcadas, hotéis reservados, quilómetros a percorrer entre estradas boas e outras horríveis, e o stress que se vai apoderando de cada um a espaços, a memória só guarda o que de muito especial redefine os conceitos pré-formatados.
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entramos pela primeira vez na aústria. para quem não sabe, ao circular nestes países paga-se uma taxa, o carro tem de ter afixado um selo específico cujo valor varia de país para país. na aústria custa 7 euros e serve para dez dias. a estação de serviço em que se comprou este selo, é uma casa completamente diferente de todas as outras. parece uma casa tradicional, com todos os artefactos típicos da região espalhados metodicamente e com um organização tal que mais parece que estás prestes a entrar num restaurante local.
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o que apraz registar nem é toda a limpeza e beleza das frutas, realçadas por umas amoras enormes, que - juro a pés juntos - nunca vi em toda a minha vida. o que quero deixar registado é o intenso aroma que se espalha por todo o espaço. é uma fragrância a pimentos. sim. se fechar os olhos consigo inspirar todas as cores que circulavam no ar.
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no on the road, não se capta o que se quer. num on the road nem te lembras de registar, mas há coisas que nem cem anos de vida te fazem esquecer.

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