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dou por mim a começar – sempre este imperativo – a gostar de estar em casa, de calções, chinelos, em perfeita harmonia com as minhas máscaras de veneza, comendo um divinal gelado, hoje de morango, e começo a pensar que talvez não tenha sido o melhor momento para este namoro.
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entre os dicionários abertos, a enciclopédia espalhada na cama, o eça triste por não o ler há dois dias, o rilke mais alegre por estar a ouvir as suas palavras a um jovem poeta, sinto a entrada do outono de mansinho. que venha pois esse tempo de mudança. espero pelo inverno e pelos dias em que terei de estar de robe vestido, deitado na cama, meias de lã e com o portátil à frente, escrevendo talvez o último trecho do registo do meu deslumbramento.
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contando com este paragrafo, é a vida em três pequenos actos.
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entre os dicionários abertos, a enciclopédia espalhada na cama, o eça triste por não o ler há dois dias, o rilke mais alegre por estar a ouvir as suas palavras a um jovem poeta, sinto a entrada do outono de mansinho. que venha pois esse tempo de mudança. espero pelo inverno e pelos dias em que terei de estar de robe vestido, deitado na cama, meias de lã e com o portátil à frente, escrevendo talvez o último trecho do registo do meu deslumbramento.
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contando com este paragrafo, é a vida em três pequenos actos.
6 comentários:
É, a estações do ano, mexem connosco...
A uns mais do que a outros, mas pronto! ;)
Bom fim de semana!
espero q tenhas provado os gelados de veneza são incomparáveis...aliás de veneza foi o q eu mais gostei..
este outono está manso de mais, tanto sol e calor, estou ansiosa pela chuva e pelo frio, para me sentir com vantagem em relação ao resto do mundo..
é sem duvida a minha estação preferida. o outono é para andar na rua, com este sol mas nao tanto calor, a pisar folhas e ouvi-las a estalar. sweet little september, october, november and december. depois sim, vem o tempo de vestir o pijama e ficar no ninho.
a mim tem mexido bastante, mas é com trabalho...
pelo menos anda-se melhor com tempo ameno.
os gelados de veneza acho que não provei, mas os de florença eram muiiiiiiito bons...
:)
É o paradoxo do Outono: há um mundo a começar e outro tanto a acabar...
Quanto ao João Tordo, foi uma óptima companhia para os fins de tarde à beira da piscina...vocabulário muito rico, excelentes metáforas, enredo cativante, leve sem ser light. Certamente, terá muito a melhorar mas eu, pelo sim, pelo não, vou ficar atenta ao próximo livro :)
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