terça-feira, 23 de setembro de 2008

intróito [8]

[1229]

talvez devesse começar a esquecer o que nunca aconteceu. não é difícil tornarmo-nos reféns do sonho, da imaginação, da ideia que crias, do mundo que ao sonhares se enraíza em ti como se existisse. tantas vezes estivemos juntos num futuro próximo, que acho caminhamos para o fim do que não aconteceu. juntos, hipoteticamente falando.
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é que nisso da ausência do real, a poesia ganha vida, já dizia jorge luís borges, e eu completo,
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se eu te cantei em palavras "[...] é porque a desejei e não aconteceu. O poema ganha se não adivinhamos que é a manifestação de um anelo. Não a história de um facto. [...]"

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