[1248]
naquela noite, numa estranha vigília que não sabe se a sonhou, adiantou os dedos procurando os seus cabelos, mais rápido que o próprio futuro que tardava em acontecer. depois, o espaço que desapareceu entre eles, (espaço onde viajou num perfume doce entre o seu corpo ausente e o corpo que se anunciava nas suas mãos) foi destruindo o estranho. e então os olhos fechados desfizeram a dúvida, romperam o medo, e os lábios nervosos - doces do perfume - cerraram entre os dentes um amanhã.
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de mãos dadas transladaram o medo para o infinito mais longínquo, para que nunca regressasse de novo com vida.
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