quinta-feira, 26 de março de 2009

o teu ontem foi o meu amanhã

[1614]

o azul refresco está pisado pelo verde escuro das copas frondosas. arredondadas e de limite esbatido, a silhueta do corpo das árvores (porque me agarras assim as mãos se é ainda cedo para ir embora?) resume-se ao alongar do espraiado da cor. o pássaro que nela se repousa, mesmo que não se veja, tem o canto lúbrico que não se confunde nestas cores garridas.
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este frémito corropio de sensações não é de água tépida mas de espuma maremótica. mas não me largues as mãos porque as árvores não fogem e o amanhã ainda fica longe da eternidade.
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1 comentário:

ana salomé disse...

lindo, lindo, lindo.*