(só de pensar em fugir já me dava arrepios. estava frio também e nem sei porque pensava em fugir, se na realidade eu queria era voltar a casa. olhar nos teus olhos.)
andava só pela rua e via só o que estava parado. tudo o que mexesse em minha volta eu ignorava. nem ouvia as palavras que me dirigiam. sentia estar lá. para lá de tudo o que eu senti existir. era só um tempo em nenhum espaço. era eu sem sentido. era eu porque alguém mo dizia. olha ele, lá vai ele. mas eu não sentia o que era. deixei-me adormecer junto do plátano. e de repente pensei estar no jardim botânico. coimbra, a cidade protegida pelos deuses mais iluminados. sagradas as lajes que pisava e que me estremeciam perante tamanha grandeza. e de novo nos jardins alguém me acordou. mas eu voltei outra vez para o lado de lá. já nem sei como voltei a casa. e não esta não é a minha casa. a minha casa és tu.
(só mergulhando nessa infinita profundidade do teu olhar, eu sinto tocar a realidade. se hoje não te vejo, então estou lá. para lá.)
p.s. digo-te que, se ouvires as três pancadas na porta, então serei eu. mesmo que isso nada signifique, sou eu.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
Queres falar? (9)
Publicada por S. G. à(s) 17:54
Etiquetas: Queres falar?
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