terça-feira, 18 de março de 2008

intenções dedicadas

[820]

cresceu uma árvore no meu jardim,
e eu, sedento, provei a fruta
saciando-me de inverno e verão,
dos suculentos sumos maduros
da côr que irradia doçura.
.
um dia secou e eu cortei-a.
.
em seu lugar está uma flôr, amarela
que nem o cheiro fugaz
devolve o teu sabor.
.
rego a flôr para que cresça
em mim de novo um fruto
sumarento e maduro de ti.

4 comentários:

Anónimo disse...

:-).. Foi uma flor que nasceu, mais frágil que uma árvore, mais delicada, que precisa de mais atenção e cuidados.. pode não originar um fruto "sumarento e maduro", mas pode encantar os que por ela passarem...

O milagre da vida é este mesmo... mesmo após uma seca, mesmo num solo árido e pétreo ainda há uma flor que nasce e que nos faz acreditar..

Bom caminho (mesmo no solo árido e pétreo) ;-)

S. G. disse...

não tinha pensadoi nisso por essa perspectiva :) realmente uma flor (esse simbolo de fragilidade que me agrada tanto) necessita de mais atençaõ e cuidados...e pode nascer num espaço inóspito.

estamos no caminho, se ele é bom ou mau só o tempo o dirá :)

Anónimo disse...

vide post "os miseráveis"

25 de Janeiro de 2008

S. G. disse...

o sempre atento anónimo dos poemas...

não terá muito a ver com isto. embora a ideia da natureza esteja presente. mas no outro foi um miserável que o cortou. por desgosto. e neste foi obrigado a cortar a árvore porque ela secou.