sexta-feira, 26 de setembro de 2008

odorífero ramo de santonina

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acredito que há coisas que não precisam de demonstração prática para retirar delas o prazer que me dariam, se porventura os meus sentidos fossem postos à prova pelo contacto directo. é uma espécie de axioma que nem as tuas investidas pela criação de uma imagem repelente, me fazem quebrantar a certeza férrea no contrário; cito agora por conveniência da mensagem que te deixo.
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hoje ensimesmei no teu sorriso. é dele que me despedirei no dia em que – cumprindo uma última tarefa que me sobra – direi com ternura, foi um prazer estar apaixonado por ti.
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pelas mãos de um demiurgo profético terás um destino mais feliz que o meu, pois o teu perfume a santonina não deixa adivinhar outro desenlace.

2 comentários:

Anónimo disse...

Se escreveres um livro eu compro.

S. G. disse...

é muita simpatia da tua parte. mas não será tão cedo que algo com qualidade sairá das minhas mãos. e sem qualidade nada será editado.

obrigado