Após muitos flashes e inúmeras gargalhadas, eis que ainda subsiste, no meio de uma qualquer praça bracarense, uma figura de contornos enigmáticos, com uma face impurturbável e de impunência estóica, como que imune à blague e à jocosidade daqueles que diariamente por ela se cruzam. Mas não se enganem, o seu legado é bem maior do que a devassa (graças a uma opção estética duvidosa que a resvala facilmente para a obscenidade fálica) a que hoje é sujeita por parte dos mais ignorantes.
Foi exactamente isso que aprendi, hoje mesmo, ao folhear as páginas d'A Vida Dramática dos Reis de Portugal (edição Ministério dos Livros, 2008). Assim, apesar de adoentado por mais uma "atípica" gripe da época (sim, na Madeira também se apanham gripes!) foi com grande agrado e comoção que li:
"...após novas juras de fidelidade de Afonso Henriques e o acordo de Zamora, em 1143, pelo que o imperador reconhecea afonso Henriques o titulo de rei (...) è nessa mesma data que Afonso Henriques se faz também vassalo ao papa. D. Afonso Henriques aproveita as boas graças da Igreja, e, por intermédio do arcebispo de Braga, D. João Peculiar, faz com que o papa Inocêncio II aceite a sua vassalagem contra o pagamento de quatro onças de ouro por ano."
Em suma, é pelo contributo diplomático inestimável de D. João Peculiar que D. Afonso Henriques consegue garantir no séc.XII o reconhecimento oficial da independência e autonomia do reino. Assim nasceu Portugal!
5 comentários:
ficar na cama a recuperar um grip é melhor que trabalhar.
:-)
abraço e as melhoras
Podiam fazer um James Bond medieval.
"007 - O homem da bengala fálica"
quem seriam as bond girls?
pá, o Quico Sanches com um glossezinho...
Um pesseguinho também não ficava mal!
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