sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Espontaneidade

Quem andará, afinal, a orquestar manifestações dos alunos contra a Ministra da Educação e os seus Secetrários de estado???
O Secretário de Estado tem a certeza que alguém está por de trás destas manifestações. Só não sabe quem é!!!
Quem fizer chegar informações relevantes a este respeito será recompensado com um Magalhães. Se for professor receberá um BOM na avaliação.

8 comentários:

Unknown disse...

quantos daqueles alunos que se manifestaram (atiravam ovos) sabiam porque estavam ali??

Pedro Indy disse...

Não duvido que muitos dos alunos alinhem apenas por alinhar. Mas quem leva com os ovos também devia pensar muito bem se, de facto, o incentivo às manifestações e greves vem de terceiros ou se são eles próprios os incentivadores, com a sua postura inflexível e, por vezes arrogante.

Talvez seja apenas mais uma campanha propagandistica deste governo para iludir o povo, procurando culpabilizar terceiros pelas suas asneiras.

Só para dar um exemplo das mentiras que só servem para dividir e reinar em paz, o 1º ministro disse há dias que os professores não podem continuar sem ser avaliados como nos últimos 30 anos.

Ora, o que é certo é que os professores foram avaliados ao longo desse período. Claro que a opinião pública, não o sabendo, acredita no Sócrates e fica com má imagem dos professores, como que a dizer.

"Ide trabalhar malandros, olha não querem ser avaliados como todos os outros funcionários públicos".

Os professores já eram avaliadas e o que está em causa não é deixarem de ser avaliados. É a avaliação que está a ser imposta por este governo.

S. G. disse...

este modelo de avaliação parece-me que não irá ter grandes resultados. terá, pelo contrário, um efeito contraproducente. será pernicioso na motivação.

o problema é que os professores são representados por sindicatos ultrapassados que só dizem que não querem esta avaliação, sendo que é necessário apresentar uma proposta alternativa.

Unknown disse...

"a enxada é minha, é tua, é de todos!" discursos tipo Carvalhas "copy-paste" do pós 25 de abril... daqui a 20 anos ainda vao ser usados. viva o trabalhador! não queremos trabalho, queremos emprego! eu quero, admito...

LDS disse...

Acho que já se encontrou alternativa, o Alberto João já passou toda a gente com Bom.
Quando se diz que algo se tem de fazer e não se ropõem alternativas, a moral não é muita. Daí haver a necessidade dos professores reformarem os seus sindicatos. Considero ser mais relevante esta medida do que lutar contra o governo. O governo só toma uma posição que os sindicatos permitiram que tomasse.
Na minha modesta opinião ...

Onun Ras Al Gull disse...

será que todos os professores presentes na manifestação passada, eram sindicalizados?

Onun Ras Al Gull disse...

A questão não é sindical, mas sim de bom-senso. Os professores (sindicalizados e não sindicalizados)os alunos (mais ou menos a favor da anarquia escolar) e os membros dos conselhos administrativos das escolas (alinhados ou não pela cor partidária reinante) discordam da burocracia absurda, que retira tempo aos professores para fazer aquilo que mais gostam (e para o qual se formararm) ensinar. Assim como, a divisão puramente arbitrária e economicista entre professores titulares e outros, que nada mais pretende senão dividir uma classe e poupar alguns fundos nas promoções de carreira.

P.S. Eu vivo na Madeira, que tantas vezes é injustamente retratada como um viveiro de incompetência, quando comparada com a excelência política continental que nos agraciou ultimamente com tão notáveis exemplos de transparência e ética deontológica tais como, Fátima Felgueiras, Valentim Loureiro, Mário Lino, Isaltino Morais, Pedro Santana Lopes, entre outras preciosidades. No entanto, hoje, tenho orgulho no facto de o meu governo regional ter tido a coragem política de suspender um processo de avaliação vil, injusto e nojento.

Pedro Indy disse...

Eu estive na manifestação e não sou sindicalizado.

Quanto às propostas alternativas elas têm sido apresentadas embora o governo nunca o refira.

E agora, só para citar alguns exemplos parvos desta avaliação:

Notas atribuídas por cotas - Cada escola terá uma cota máxima para atribuição de excelentes. Assim, um bom professor poderá ficar fora do excelente porque já se excederam os números previstos nas cotas. Numa outra escola, um professor menos bom poderá levar um excelente porque nessa as cotas ainda não foram excedidas e porque até é um gajo porreiro, amigo do avaliador e do pessoal do conselho executivo.

Um dos aspectos da avaliação é a nota final dos alunos e a sua comparação com a do ano anterior - No ano anterior um professor, sedento de uma grande avaliação dá notas excelentes aos alunos para tentar mostrar que ensinou bem. No ano seguinte um professor tenta ser justo, dá a nota que os alunos realmente merecem e... é prejudicado na avaliação.
Isto para não falar nos professores que vão parar a escolas "complicadas" onde os alunos se estão a cagar para as notas.

Mas há mais, muito mais.

Não me admiraria que daqui a uns tempos, indo esta avaliação para a frente, comecem a surgir casos de assédio sexual, uma vez que os avaliadores são colegas da própria escola. "Ou és minha amiga e chupas ou levas não satisfaz".

O Não Satisfaz implica a abertura de um inquérito e a possivelmente a exclusão do professor do sistema de ensino.

Só para terminar, também querem que os professores com menos de cinco anos de serviço façam uma prova onde atestem a sua competência para dar aulas. Isso é o mesmo que passar um atestado de incompetência às universidades que nos deram o curso atestando que estamos aptos. Para além disso esses professores já fizeram um estágio nas próprias escolas onde ficaram aprovados ou reprovados.
Se á fizeram o curso e passaram no estágio, para quê esta prova???

Para mandar embora muita gente.

Em termos estatísticos é óptimo para o governo. A prova é eliminatória. Uma vez fora do sistema, fora dos números do desemprego entre os professores.