quinta-feira, 11 de setembro de 2008

a insigne poesia dos limas [3]

[1208]

III

a infinita amargura desprende-se no vento
arrastada pela folha da oliveira. o corpo
suspenso, amarrado ao passado, extirpando
o medo e a vergonha de falhar o presente.

a infinita amargura, despida na aragem
pesando como um fim cumprido ao relento,
sustenta a promessa da vida decepada, na
vinha,
sem as folhagens de setembro

a infinita amargura, de quem enlouquece,
é um tronco
de um homem como fruto nascido
de um tronco
da oliveira em pomo no fim do outono.
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(a insigne residência dos limas [1], [2], [3])
(a insigne poesia dos limas
[1], [2])

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